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O que você precisa sobre a Fibromialgia

A Fibromialgia é uma síndrome dolorosa crônica, de causa até então desconhecida, caracterizada por dor generalizada e palpação dolorosa de pontos em regiões específicas. Além do quadro doloroso, outros sintomas estão associados, como distúrbios do sono, fadiga, rigidez, dor visceral, queixas gastrointestinais, etc.

Acomete entre 1-5% da população em geral, sendo que 73-88% dos casos são no sexo feminino. A média de idade dos pacientes é de 50 anos.

Até hoje não foi encontrada a causa definitiva que explique o aparecimento da Fibromialgia, e a forma como se comporta no corpo do indivíduo. Contudo, existem teorias que explicam alguns dos sintomas apresentados por esses pacientes.

Segundo pesquisas, a Fibromialgia inicia com quadro doloroso de maneira espontânea, e num sentindo craniocaudal, com elevação dos níveis de Substância P (SP) no líquor raquidiano e alteração no metabolismo da Serotonina. A substância P é um neuromodulador presente em fibras nervosas do Tipo C, que tem uma condução mais lenta do estimulo e está ligada a manutenção do quadro doloroso. Ainda, há a presença de Trigger-Points em vários músculos e tecidos do corpo, que desencadeiam dor em padrões locais e referidos, piorando o quadro.

Também, a Serotonina atua no controle do Sistema Inibidor de Dor e influencia diretamente na qualidade do sono. Quando seu metabolismo ou seus receptores estão em disfunção, este sistema trabalha de maneira ineficiente. O seu receptor, 5HT3, está localizado no Sistema Nervoso Central (SNC) e no Sistema Nervoso Autônomo (SNA), este último é responsável pelo controle das funções corporais e reações frente aos estímulos do ambiente.

Por fim, a fadiga está associada a anormalidades neuroendócrinas do Eixo Hipotálamo-Hipófise-Adrenal e a deficiência de produção do Hormônio do Crescimento (GH). O GH aumenta a transporte de aminoácidos através da membrana celular, dando melhores condições para síntese de proteína e recuperação celular. Também atua de forma importante no Sistema Imunológico e na equilíbrio energético do organismo.

 

E de que forma a Osteopatia ajuda no tratamento e no cuidado da Fibromialgia?

A Osteopatia sempre busca o equilíbrio do corpo, para que todas as funções estejam sendo desempenhadas de forma efetiva e o gasto energético do corpo seja reduzido. Para isso, utilizamos técnicas para o Sistema Musculoesquelético, Sistema Visceral (nossos órgãos) e Sistema Craniano.

Através de técnicas cranianas específicas, a Osteopatia consegue modular as alterações do SNA, melhorar o fluxo sanguíneo para estruturas importantes no Cérebro, como por exemplo, a Glândula Hipófise, que está relacionada com o GH, e liberar tensões ao nível do X par craniano, o Nervo Vago, responsável pela inervação Parassimpática de grande parte das vísceras tóraco-abdominais.

Além disso, utiliza de técnicas manuais para correção de disfunções na coluna vertebral e nos membros, que podem estar envolvidos na Fibromialgia. Essas técnicas podem ser manipulações articulares (quando necessárias), técnicas musculares e técnicas funcionais, que trabalham diretamente a Fáscia, etc.

Ainda, a Osteopatia atua em nível das vísceras, que sofrem constantes tensões vindo do sistema músculo esquelético e tem influencia do nosso Sistema Emocional. Através de técnicas precisas e específicas, melhoramos possíveis congestões vasculares, devolvendo a mecânica fisiológica e a mobilidade visceral.

A Osteopatia é, sem dúvida, uma técnica de grande importância no tratamento da Fibromialgia, com o objetivo de devolver o equilíbrio natural do corpo. Entretanto, o trabalho multidisciplinar envolvendo Médico, Psicólogo, Nutricionista, entre outros, é primordial para o controle e evolução do quadro.

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