Especialista em dor crônica, André Félix, lembra que o tratamento deve ser feito com equipe interdisciplinar
Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que 42% da população sofre de dores e até 92% vai ter o mesmo problema ao menos uma vez na vida. O problema é tão grave que até ganhou uma data especial para ser debatido e desmistificado: 17 de outubro é o Dia Mundial de Combate à Dor.
André Félix, médico especialista em tratamento da dor, explica a diferença entre dor aguda e crônica. “Esse mal é uma sensação comum à condição humana, sendo que, a dor aguda indica que algo em nosso organismo não está bem. No entanto, quando persiste por mais de três meses, deixa de ser um sinal e representar a própria doença, o que chamamos de dores crônicas”, explica.
De acordo com pesquisa da Sociedade Brasileira para Estudo da Dor (SBED), conduzida ao longo de 2016, a cada dez pessoas no Brasil, quase quatro sofrem de alguma dor crônica. Isso significa 37% da população, cuja maioria é formada por mulheres.
O especialista em dor crônica orienta que existem diversos tipos de dor que acometem o corpo humano. A fibromialgia, por exemplo, afeta cerca de 3% da população, de acordo com dados da Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR). As mulheres na faixa etária de 30 a 55 anos fazem parte do maior número de pessoas que sofrem com essa síndrome. Mas, a doença pode se manifestar em outras idades e sexos.
André Félix comenta que as opções de tratamentos variam de acordo com a necessidade de cada paciente. Podem ser realizados desde o uso de medicamentos, terapias como fisioterapia, acupuntura, radiofrequência e, em alguns casos, até cirurgia, como forma de controlar a dor. “Existem casos em que o paciente chega à clínica sofrendo há 30 anos de fortes dores. Imaginem os danos psicológicos que esse problema causou ao longo desse tempo. Por isso a importância de uma equipe interdisciplinar, pois existe toda uma equipe com formação específica para auxiliar a pessoa a ter uma qualidade de vida”, finaliza o especialista em dor crônica.