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Dor crônica e ansiedade

Ansiedade, o que falar dela?

Qual de nós nunca sentiu ansiedade? Situações em nosso dia a dia nos mostram que é mais do que normal e até adequado sentir ansiedade. Ela é positiva, é uma emoção normal até certo grau. É situacional quando associada a situações de perigo, preocupações em relação à saúde, dentre outras. Psicologicamente falando, é um estado subjetivo de apreensão, medo e ou preocupação.

O problema começa a surgir quando essa ansiedade se torna excessiva e passa a existir com certa constância tornando-se patológica. É assim que os sintomas e comportamentos ansiosos se tornam freqüentes e incapacitantes. Sendo assim, é necessário levar em conta tanto o contexto ao qual ocorreu a emoção, quanto também as características individuais. Estes é que irão determinar se as manifestações clínicas que surgirão em resposta à ansiedade são desproporcionais à intensidade e a duração dos fatores desencadeantes.

Assim, as atividades cotidianas diárias, raciocínio e desempenho em diversas situações, são afetados levando a sofrimentos com pensamentos disfuncionais, sono e relações pessoais prejudicadas, onde para quem experimenta um transtorno de ansiedade, um acontecimento inofensivo pode ser vivenciado com muita intensidade e sofrimento, enxergando a situação de forma negativa e até mesmo catastrófica. Há uma avaliação exagerada das situações em geral.

Qual a relação entre ansiedade e dor crônica?

Em diversos estudos podemos ver que, mesmo em quadros totalmente orgânicos, percebe-se a influencia de aspectos psicológicos, dentre eles a ansiedade que têm sido muito relevante sobre a queixa de dor.

A relação que o sujeito estabelece com a dor depende do significado que ele atribui no momento da experiência dolorosa, da forma como é sentida e avaliada. O significado atribuído a um determinado estímulo determina o comportamento de dor, envolvendo alterações orgânicas e respostas emocionais (negação, ansiedade, depressão, impotência, dependência, necessidade de proteção, entre outras).

Um dos fatores que influenciam o estado da dor é a ansiedade. É comum e freqüente encontrar sintomas de ansiedade em pacientes com dor Crônica. Quando a dor é vivenciada pelo paciente por um longo período e ainda, como em muitos casos, sem um diagnóstico claro, são freqüentes os pensamentos recorrentes de medo da dor em si e suas consequências. Distorções cognitivas são comuns como a intensificação da possibilidade de um acontecimento negativo e ainda catastrofizações onde o paciente lamuria as sensações de dor e sente que nada pode fazer sobre sua dor. Sintomas somáticos são produzidos, o evitamento da experiência dolorosa acontece o tempo inteiro e ainda a amplificação do estímulo doloroso, levando o paciente a perceber sua dor maior do que realmente é. Justificam tais comportamentos por temer o aumento da dor ou ainda pela possibilidade de não ser compreendido por outras pessoas, levando a posturas antissociais e de isolamento no meio em que vivem. Assim, dão início a uma busca por respostas imediatas para, de alguma forma, amenizar a dor. O pensamento é direcionado para ficar livre do problema o mais rápido possível.

A ansiedade é desencadeada como um sintoma psicopatológico pela intensidade a qual a dor atinge e também pela interferência que a dor provoca na vida cotidiana do paciente. Pacientes acometidos de dor crônica apresentaram muita preocupação, tensão, nervosismo e apreensão frente à sua doença, que o proporciona níveis de ansiedade mais elevados do que na população em geral. Ou seja, a ansiedade fica, também, associada ao aumento da percepção da dor o que prolonga ainda mais a experiência dolorosa.

Por tudo isso, pode-se ver a importância do trabalho do psicólogo nas dores crônicas. A ansiedade que nos traz desconforto, a patológica, é aprendida durante a vida e podemos controlá-la. É importante frisar que o trabalho interdisciplinar durante o tratamento, realizado pelo psicólogo, pelo médico, fisioterapeutas e outros, segue paralelamente e é imprescindível para o sucesso do tratamento.

Tatianna Rangel Coutinho
Psicóloga Cognitivo-comporamental e pós-graduada em Psicologia Hospitalar.

1 Comentário

  1. adriana disse:

    oi bom dia tenho dores horríveis tem um diagnóstico de espondilite anquilosante e artrite tomo remedios mas as dores não passa .vcs trabalham só na consulta particular. não tem nehum convênio ou uma consulta com desconto desde já obrigada

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